Banda estadunidense se apresentou no projeto chamado Noite Quente, realizado no Teatro Raul Belém Machado
O primeiro show da tour no Brasil aconteceu na capital mineira e com entrada franca. Formada em 2009, a banda é constituída atualmente pelos membros Austin Getz (vocais, guitarra e teclado), Casey Getz (bateria), Daniel Dempsey (baixo e backing vocals) e Nick Rayfield (guitarra e backing vocals). O show faz parte de uma sequência de apresentações pela América Latina, e, após um descanso, a banda parte para o Reino Unido.
Foto por Chrislen/@eutonagrade
A abertura do show foi realizada pela cantora Jasmin Godoy, que recentemente lançou o seu álbum
Show me the way (2023). Sua apresentação foi realizada apenas com voz e guitarra, ainda que o trabalho desempenhado no álbum demande uma banda para sua reprodução completa ao vivo. Mesmo sem a companhia de outros músicos, a apresentação foi chamativa, visto a potência e curvas vocais da cantora, que também se mostrou comunicativa com o público. A apresentação foi curta, pois o pessoal do Turnover ainda tinha que fazer sua passagem de som, fato que aparentemente surpreendeu a cantora, que teve que escolher qual seria a última música cantada em meio ao que havia planejado.
Foto por Chrislen/@eutonagrade
Os shows estavam sendo realizados em um espaço multiuso, ou seja, sem um palco frontal, conforme tradicional no teatro. Nesse espaço multiuso não há variação entre a altura do palco e da plateia, sendo a posição das cadeiras que desenham os limites. O público assistiu o show de Jasmin Godoy das cadeiras colocadas em uma parte da sala com degraus largos, contudo, a produção do evento informou que os membros do Turnover não queriam o público nas cadeiras, mas sim de pé, próximos da banda. Dito isso, todo o público se retirou para a passagem de som e esperou o momento do retorno para o show.
Foto por Chrislen/@eutonagrade
Turnover fez um show completamente intimista, cercados pelos ouvintes. Sua sonoridade indie cheia de efeitos e distorções, somados às luzes coloridas e fumaça, colocaram os espectadores em um estado de transe com faixas como Tears of change e Ain’t love heavy, frutos do último álbum da banda, Myself in the Way (2022). A banda também parecia muito confortável com a atmosfera e o encaminhamento do show, visto que o vocalista, Austin Getz, realizou todo o evento com sua lata de cerveja ao lado.
Foto por Chrislen/@eutonagrade
A hipnose promovida pela banda contrastava de maneira positiva com os momentos de maior explosão enérgica em que o público era visto dançando aos sons indie rock da banda, provenientes em maior parte de seu álbum mais conhecido, Peripheral Vision (2015). A empolgação do baterista Casey Getz foi fundamental para estes momentos.
Foto por Chrislen/@eutonagrade
A experiência de ver uma banda tão de perto é incrível, contudo, por todos estarem no mesmo nível e de pé, enxergar a banda tornou-se difícil para quem não conseguiu entrar primeiro. Não sei se essa é a razão que levou parte do público a se dispersar fumando do lado de fora, conversando por todo o espaço ou sentado de onde mal se podia ver a apresentação. Fato é que a banda não perdeu sua concentração e seguiu oferecendo som de qualidade para quem queria ouvir.
Foto por Chrislen/@eutonagrade
Eu conhecia e ouvia o Turnover, mas não como grandes fãs presentes, que usavam camiseta da banda ou quem levou um vinil para ser autografado, mas ouvir músicas que eu gostava ao vivo, como New scram e Take my head, me lembrou que ir a um show também é uma grande experiência, podendo te apresentar diferentes aspectos de uma banda ou te dar uma vontade de se aprofundar no trabalho dela. Com certeza foi esse o caso aqui! Texto e Fotos por Chrislen Ribeiro
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