Em um festival com Di Ferrero e Fresno, Deadfish se destaca com performance visceral reafirmando sua posição como ícone do hardcore brasileiro.
Com uma carreira marcada por letras críticas e apresentações cheias de energia, não há questões que Dead Fish fez por merecer seu lugar como ícone do hardcore nacional. Desde os anos 90, a banda tem sido uma voz importante no cenário, tratando de questões sociais e políticas com intensidade e autenticidade. O hardcore brasileiro, assim como o Dead Fish, cresceu ao longo dos anos, mas sem perder suas raízes rebeldes e a devoção dos fãs. Com o novo álbum, "Labirinto da Memória", o grupo continua a reforçar sua relevância, sempre mantendo a energia que o caracteriza nos palcos.
Particularmente, a apresentação do Dead Fish em Osasco, no dia 13 de outubro, foi minha primeira experiência "100% Dead Fish", com direito a stage diving e mosh como manda o figurino. Antes disso, tinha assistido ao show deles no Rock in Rio deste ano, mas a grade e o público impediu qualquer chance de mergulhar nessa energia. Desta vez, depois de algumas voltas no mosh, fiquei encostado no palco, ajudando no stage diving e curtindo minhas músicas favoritas ao fundo (Dentes Amarelos e Você). Promessa formalizada aqui: no próximo show, sou eu quem vou dar meu primeiro dive!
Como se a experiência já não fosse memorável o suficiente, na reta final do show, Rodrigo começou a cantar "Sonho Médio" — outra das minhas favoritas. E foi então que, do nada, ele chamou ninguém menos que Lucas Silveira, da Fresno, para dividir o palco nessa faixa icônica. Ver Lucas trazendo seus vocais poderosos para uma música de hardcore foi simplesmente surreal. Tive a oportunidade de gravar meu POV desse momento e deixamos registrado em nosso Instagram. O momento me deixou com um gostinho de quero mais, que só vai ser saciado quando testemunharmos Rodrigo subir ao palco da Fresno para cantar "Essa Vida Ainda Vai Nos Matar", a nova colaboração das duas bandas em ENFE Parte 2.
Não é qualquer banda que se mantém tão forte e relevante após mais de 30 anos de carreira, e por isso me sinto grato por poder vivenciar a cena musical com o Dead Fish. Seu legado vai muito além das letras e dos acordes. Eles são a prova viva de que o espírito do punk e do hardcore ainda pulsa forte nas veias da música brasileira.
É impossível sair de um show do Dead Fish sem querer ir em outro e, por isso, fizemos um post concentrando toda a agenda da banda, não perca!
todo show do Dead Fish eu saio querendo outro show do Dead Fish